segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dilma desaponta as centrais sindicais



As centrais sindicais criticaram nesta segunda-feira (29/08) a estratégia que governo decidiu adotar contra a crise econômica mundial: redução da taxa de juros do Banco Central (BC) e aumento do controle de gastos públicos (superávit primário). O plano foi apresentado às centrais pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) a dois dias do próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que se reunirá pressionado a baixar o juro.

“O governo disse que a crise pode se agravar e que a forma de enfrentá-la é aumentar o superávit primário. Foi uma ducha de água fria”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes.

Na reunião, Dilma e Mantega disseram que não é intenção mudar a meta de superávit primário, dinheiro que o governo tira das receitas para pagar juros da dívida pública. Nem cortar verba da área social. O superávit seria maior porque o governo poupará a arrecadação de tributos que exceder às previsões, em vez de usar este dinheiro para reforçar políticas públicas já em andamento.

Neste ano, a meta de superávit primário do governo federal é de cerca de R$ 80 bilhões. Até julho, já foram economizados R$ 66 bilhões. Para 2012, a meta é de R$ 97 bilhões, o equivalente a R$ 510 por brasileiro.

Apesar da reclamação geral, a contrariedade dos sindicalistas vai diminuir, caso o Banco Central dê um sinal de boa vontade e corte a taxa de juros na próxima quarta-feira (31/08). Por isso, as centrais planejam realizar mobilizações pelo país para pressionar o Copom.

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