quinta-feira, 21 de julho de 2011

Gestante passa mal no trabalho e é negligenciada pela TRIFILL

Flagrante de desrespeito: funcionaria gravida na Trifill

Após se sentir mal, uma operaria grávida foi liberada pela médica da empresa.
Apesar da trabalhadora alegar que não tinha dinheiro para se deslocar até a sua casa, no Bairro São Caetano,  a empresa se recusou a providenciar o transporte. 
A operaria ficou aguardando  em local inadequado (em frente à portaria, sem uma cadeira para sentar), e chegou a  cair  dado o seu estado de fragilidade, além de passar pelo constrangimento de ser maltratada na portaria da empresa.

A Trifil deveria ter zelado pela integridade da operária e mantido a mesma em local apropriado até a chegada do transporte. Atitudes como esta demonstram o descaso da empresa para com a saúde dos trabalhadores. O Sintratec encaminhará denúncia ao Ministério do Trabalho.


Banheiros quebrados na TRIFIL: Descaso com a saúde e segurança dos funcionários

Vaso sanitário utilizado pelos operários do setor Firsan na Trifil 
Os operários dos setores Firsan e Malharia da Trifil estão revoltados com a situação dos sanitários das suas unidades.
Segundo informações dos trabalhadores os sanitários da Firsan estão interditados há mais de um mês, já na Malharia as queixas são de vasos sanitários sem tampas, portas quebradas além de outros problemas.
É obrigação da empresa garantir condições mínimas de higiene e segurança para os seus funcionários.
O sindicato exige o reparo nas instalações sanitárias utilizadas pelos operários. Estamos de olho.

terça-feira, 19 de julho de 2011

CTB-BA participa do debate sobre o Hospital de Base em Itabuna


O representante da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB), Dr. Andrés Alonso, está em Itabuna e participa hoje às 14h de uma reunião na sala 501 da Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC) com o Conselho Municipal de Saúde para debater junto aos representantes do órgão a situação do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM).
A CTB/Regional Sul da Bahia participará da reunião e ratificará mais uma vez a proposta de estadualização daquela unidade hospitalar como forma de resolver o caos econômico-financeiro, político e administrativo.
Esta também é a proposição abraçada pelo governo do Estado, porém a caixa preta em que se tornou a política administrativa do Hospital de Base, tem impedido que o prefeito José Nilton Azevedo (DEM) sinalize para a estadualização. Isto significa que o prefeito e seus prepostos não querem mexer no vespeiro e com isso a situação caótica continua e quem acaba prejudicada é a população em geral”, denuncia Francisco André, coordenador da CTB.
O Sindserv e a CTB vão promover um ato público a partir das 06h30, em frente ao Hospital, seguido de uma paralisação parcial de 3h, em repúdio à proposta apresentada pelo governo do estado de terceirização.
Fonte: Andrés Alonso e Karla Lúcia

domingo, 17 de julho de 2011

Sintratec inicia Campanha de Saúde



Devido ao grande número de queixas dos trabalhadores em relação ao péssimo atendimento de saúde oferecido pelas fábricas, o Sintratec lançou a campanha Minha Saúde Vale Mais. A primeira manifestação será realizada em frente a fábrica da Trifil,  nesta segunda-feira,18/07, às 13h30min. 


O sindicato também realizará manifestações na Penalty de Itabuna e Itajuípe, na Malwee (em Camacan), e na Praça Adami (no centro de Itabuna). Os protestos têm como objetivo reivindicar melhorias no ambiente de trabalho das fábricas, como adequação dos mobiliários e, principalmente,  assistência médica de qualidade para os trabalhadores.

Operária grávida desmaia na Trifil

O desrespeito com a saúde dos trabalhadores na Trifil não poupa sequer as gestantes.
Após se sentir mal, uma operaria grávida foi liberada pela médica da empresa.

Além de passar pelo constrangimento de ser maltratada na portaria e suportar a espera pelo transporte que a levaria para casa em local inadequado (em frente à portaria, sem uma cadeira para sentar), a operária chegou a cair, dado o se estado de fragilidade.

A Trifil deveria ter zelado pela integridade da operária e mantido a mesma em local apropriado até a chegada do transporte. Atitudes como esta demonstram o descaso da empresa para com a saúde dos trabalhadores. O Sintratec encaminhará denúncia ao Ministério do Trabalho.

Imprudência da Penalty Itabuna fere funcionário

Na semana passada, um funcionário da Penalty Itabuna, sofreu um acidente quando limpava o chão da fábrica. Segundo o operário, a monitora do setor Silk ordenou que fosse  utilizando espátula e solvente. O atrito gerou faíscas iniciando um o incêndio que feriu o trabalhador.

É inaceitável que a empresa ignore regras básicas de segurança e coloque a vida dos trabalhadores em risco.

sábado, 16 de julho de 2011

Azaleia terá R$ 64 milhões para continuar na Bahia


Após demitir funcionários e até mesmo ameaçar sair da Bahia, a fábrica de calçados da Vulcabras/Azaleia, em Itapetinga, a 580 quilômetros de Salvador, recebeu ontem uma boa notícia.
O governo da Bahia, através do Banco do Nordeste (BNB), conseguiu um financiamento de R$ 64 milhões para ampliar a escala de produção da empresa e reduzir custos. Segundo o secretário do Comércio, Indústria e Mineração (SICM), James Correia, a empresa já voltou até a contratar os funcionários que vinha demitindo desde fevereiro. Foram cerca de 3 mil empregados.
“Eles precisam aumentar muito a escala de produção para ficar com um preço mais competitivo”, argumentou o secretário. Procurada pelo CORREIO, a assessoria de comunicação da Azaleia declarou que a direção da empresa não iria se pronunciar  sobre o assunto.
O resultado é que uma fábrica como a Vulcabras/Azaleia já ameaçava deixar o estado e cerca de 18 mil funcionários sem emprego por causa desse cenário. “Estávamos muito preocupados com a situação da população de Itapetinga. Aqui era uma cidade que vivia da pecuária extensiva, que em uma fazenda emprega três pessoas. O que íamos fazer com toda essa gente que perdesse o emprego na fábrica?”, indagou João Carlos Moura, prefeito do município. Ele confirmou que a Vulcabras/Azaleia já iniciou as recontratações.Correia comentou que, apesar do Brasil já ter tomado medidas para impedir que a entrada de calçados chineses “quebrem” a produção nacional, a China está praticando triangulação. Isso nada mais é do que enviar aos mercados estrangeiros os componentes para montar o sapato em outros países, ou seja, uma estratégia para driblar as medidas protecionistas.


Brasil 
A notícia sobre a concessão do financiamento foi divulgada ontem pelo secretário Correia durante o pré-lançamento do Encontro de Comércio Exterior – Encomex, no Sebrae. Presente ao evento, Tatiana Lacerda Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, afirmou que o governo federal está tomando medidas para impedir que a China continue com as práticas de dumping, isto é, reduzindo preços até abaixo do custo para derrubar a concorrência e depois voltar ao preço anterior.
 “O governo  está atento às importações desleais. O Brasil é um dos principais países em medidas antidumping, com 79 em vigor e 45 investigações em curso”, comentou. Ela acrescentou que a  triangulação no setor de calçados também está sendo investigada, mas  esse trabalho pode durar até um ano.  
Solução Correia acredita que a solução seria adotar medidas preventivas para todos os calçados vindos da Ásia, já antecipando a configuração de dumping no caso de países suspeitos. Essa possibilidade já está prevista na legislação internacional, que fornece todos os fundamentos para a legalidade dessa atitude do Brasil. “Tem que ser feito, porque isso afeta o Brasil inteiro. Nós achamos que, para a nossa necessidade, esse processo está sendo muito lento”.

Ministério traz Encomex para BAA secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, veio ontem a Salvador para o lançamento do Encontro de Comércio Exterior (Encomex), evento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento e  Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O Encomex ocorrerá nos dias 3 e 4 de agosto, no Centro de Convenções, com o tema Desenvolvimento e Competitividade - Refletindo uma Estratégia de Governo . As inscrições  estão abertas através do site (www.encomex.mdi.gov.br).
A secretária enfatizou que  espera uma participação maior  de  pequenos e médios empresários, já  que a programação foi elaborada para  atender a esse segmento. “Além das palestras e oficinas do Encomex, a proposta atual fortalece as rodadas de negócios e os encontros empresariais, com o showroom de empresas exportadoras”, adiantou Tatiana Prazeres.
Ela também apresentou um panorama do comércio exterior na Bahia. O estado bateu  o recorde em exportações e importações neste primeiro semestre,  com um aumento de 32,6% nos produtos exportados e de  29,6% nas importações, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com o cenário positivo, a secretária disse que a Bahia ainda tem um potencial de exportação muito grande a ser explorado.

Citou como exemplo a fruticultura, que exporta  o equivalente a US$ 100 milhões por ano, quando a demanda mundial é calculada em US$ 57 bilhões.  Os  produtos que mais se destacam na  pauta das exportações baianas  são o petróleo e derivados, veículos, peças e  produtos metalúrgicos. “Queremos fornecer uma boa base de informação para que pequenos e médios empresários tenham acesso ao mercado internacional”, disse a titular da Secex.  
Fonte: Correio da Bahia

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Comitê em defesa da Emasa será reativado


O comitê em defesa da água e contra a privatização da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) será reativado nesta segunda-feira (18), às 18h, em reunião no plenário da Câmara de Vereadores. Membro do comitê, o ex-vereador Luís Sena disse que durante o evento será apresentado plano de trabalho pela melhoria dos serviços e para impedir "qualquer tentativa de privatização da Emasa".

Segundo o site Pimenta, o novo presidente da Emasa, deixou claro que a privatização da empresa "não está descartada". Ainda em junho, a construtora OAS apresentou um plano para assumir o controle da Emasa, o que foi considerado estopim para a saída do engenheiro Alfredo Melo.

Fonte: Pimenta na Muqueca

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O que significa assédio moral no trabalho?


É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras causadas pelos seus chefes superiores, como humilhações, constrangimentos, a esforços repetitivos, prolongada jornada de trabalho no exercício de suas atividades laborais, atitudes autoritárias e totalitárias em que predominam condutas negativas, relações desumanas, de um ou mais chefes dirigida aos seus subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e pela degradação deliberada das condições de trabalho,  forçando a desistir do emprego (pedir demissão). 

Uma prática comum e constante no ambiente do trabalho é o isolamento. O trabalhador ou trabalhadora é isolado do grupo sem explicações, passando a ser hostilizado, ridicularizado, inferiorizado e desacreditado diante do coletivo, fazendo com que a pessoa vá gradativamente se desestabilizando e fragilizando perdendo sua auto-estima.

Existem muitos transtornos à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras decorrentes do assédio moral. Entre Janeiro de 2005 e Janeiro de 2011, a Médica do Trabalho Margarida Barreto coordenou uma pesquisa e comprovou que trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada são os que mais sofrem assédio moral nos locais de trabalho: 40% do universo pesquisado de servidores públicos. Contratados através da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) correspondem a 34%; estagiários e pessoas sem experiência, 4,5%; contratados por tempo de serviço, 3,5%; temporários, 1%; e outros, 17%. 

Na maioria dos casos, os mais assediados são aqueles com vínculo formal (estatutário ou CLT). A pressão é maior tendo em vista que eles representam custos para a empresa. E, hoje em dia, o que os empresários querem é menos custos e mais produtividade, segundo a médica. 

A pesquisa aponta que 68% dos casos de assédio ocorrem em grandes empresas privadas, de caráter nacional ou multinacional. O homem é o que mais pratica o assédio moral em relação aos seus subordinados (46,5%), enquanto que as mulheres, na posição de chefia, chegam a 31%. Os entrevistados também responderam que o assédio é contínuo, ou seja, ele acontece várias vezes por semana (68,3%). Apenas 19,5% disseram que a prática é realizada uma vez na semana e 12,2%, uma vez ao mês.

Outro indicador no estudo aponta que 14% dos entrevistados já foram vítimas de assédio sexual. Segundo Margarida, é comum nos casos de assédio sexual o uso de palavras obscenas e degradantes em 65% dos casos.

Para Margarida, o ressaltando deixa claro que a família continua sendo o espaço de confiança para o trabalhador e para a trabalhadora que divide com os parentes os problemas enfrentados no trabalho. 

A prática do assédio moral pode levar a morte. O trabalhador ou trabalhadora humilhada sofre serias conseqüências, como interferência nos sentimentos e emoções, alterações de comportamento, agravamento de doenças pré-existentes ou desencadeamento de novas doenças, ansiedade, angústia, transtornos que vão desde a tristeza à depressão e a até a síndrome do pânico ou mesmo prática de suicídio.   

Todo trabalhador e toda trabalhadora que estiver sofrendo assédio deve procurar ajuda primeiro no seu sindicato, nos centros de referência em saúde do trabalhador ou no Ministério Público.

Estamos vivendo em uma economia globalizada, um capitalismo em crise. Uma de suas características é a competição desenfreada para não ficar para trás. Essa é a realidade não apenas do setor empresarial, mas também do setor público. Quando o chefe ou mesmo o colega de trabalho começa a agir de modo a humilhar e rebaixar o outro, devemos ficar atento para não cair numa cilada emocional: o trabalhador ou trabalhadora que testemunhar cenas de humilhação no trabalho deve superar o medo, ser solidário com o colega, denunciar o agressor  mesmo porque ele   poderá ser "a próxima vítima". Os chefes contam sempre com o silêncio e o medo, porque o medo reforça o poder do agressor.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Conselho da CTB-BA debate rumos do sindicalismo e protagonismo da classe trabalhadora


“É hora de disputar a hegemonia do movimento sindical. Vocês vão ter uma surpresa”. Com esta afirmação, o secretário-geral da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Pascoal Carneiro abriu o 1º Conselho Estadual da CTB- Bahia, realizado na última sexta (01), no Hotel Portobello, e, que contou com a participação de quase 150 delegados das entidades sindicais filiadas à CTB.
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“Os trabalhadores precisam estar preparados para os novos desafios”, pontuou o secretário- geral da CTB, Pascoal Carneiro, ressaltando também que é preciso institucionalizar a Convenção 158 da OIT, e combater a portaria 186 do Ministério do Trabalho, que defende a pluralidade sindical, enfraquecendo a luta dos trabalhadores”, acentuou.
“Quanto mais frágil o sindicalismo, mais explorado pelo capital. Por isso não podemos compactuar com a divisão, pluralidade e aceitar a defesa de acabar com a contribuição sindical”, defendida pela CUT, ressalta o secretário-geral da CTB. Ele destacou ainda o apoio da CUT a convenção 87, da OIT, que estabelece a total liberdade sindical, inclusive o fim da unicidade sindical, que se traduz no liberalismo sindical.
Com o tema central “Elevar o protagonismo da classe trabalhadora” e desenvolvido em plenárias, o 1º Conselho Geral Estadual da CTB debateu Conjuntura Internacional, Nacional e Estadual; atualidade do Sindicalismo Baiano: desafios e perspectivas; Interiorização da CTB, organização e centralidade das Coordenações Regionais; Comunicação Sindical para um novo tempo e analise, debate e aprovação do plano de lutas.
"A CTB tem muita coisa a comemorar. Esta jovem tem três anos, mas já muita história. Aqui, está a Central mais dinâmica, com credibilidade e mais próxima dos anseios da classe trabalhadora”, destacou o sindicalista Everaldo Augusto da Silva.
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Para o presidente da CTB Bahia, Adilson Araújo é necessário se fazer alguns questionamentos acerca do que se pretende realmente com “este negócio de central”, o que significa uma central e a nossa tradição sindical. “Nós apresentamos aqui um diagnostico. A verdade é que enquanto a Central for menor que os sindicatos, nós não teremos condições de disputar a hegemonia. Por este motivo, é tão imprescindível um debate sobre esta nova etapa da CTB para consolidação do projeto de uma Central democrática, plural, unitária e de estreita relação com o universo dos trabalhadores”, reitera.
Campo
O presidente da FETAG( Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia), Cláudio Bastos destacou que se deixarmos de plantar, 70% dos brasileiros não terão alimento na sua mesa “ Por este motivo, ressaltamos a importância do trabalho positivo  que vem sendo realizado pelo movimento sindical dos trabalhadores rurais com a CTB, que possibilitou o reconhecimento  politico de sua pauta de reivindicações a nível federal, com a liberação de R$16 bilhões à agricultura familiar”, observou Bastos.
Balanço
A mais jovem das centrais reconhece que no curto período de tempo (cerca de três anos), estivesse organizada nas cinco regiões do país, para a defesa dos interesses da classe trabalhadora, com autonomia em relação a partidos, governo e o patronato, mas é preciso mais espaço para as conquistas. “Já são mais de 800 sindicatos filiados a central. Precisamos colocar uma pilha neste crescimento. Na área pública federal ainda estamos muito acanhados. Precisamos ampliar”, ressaltou Renato Jorge Pinto, da ASSUFBA Sindicato, sindicato filiado a CTB.
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“A classe trabalhadora precisa ter papel protagonista na sua própria transformação. Lutas como o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho sem redução de salários e outras bandeiras, são desafios que se colocam na ordem do dia para o movimento sindical”, afirmou Adilson Araújo. Para isso, segundo o dirigente, a classe trabalhadora precisa tomar consciência de sua força.
Durante o conselho foi debatido também os importantes papeis desempenhados pela Comunicação e Formação. A primeira para a visibilidade da central e a última, no intuito de aumentar a capacidade técnica para atendimento às demandas.
O DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos –  também contribuiu com o Conselho nos debates. “Faltava uma instituição que visse o trabalho sob a ótica do trabalhador. Foi assim que surgiu há 50 anos o DIEESE. Trabalhamos para fortalecer as lutas e as ações dos trabalhadores”, explicou a supervisora-técnica do Órgão, Ana Georgina Dias, que abordou salário mínimo, entre outros aspectos de interesse da classe trabalhador(a).
Ao final do Conselho foram eleitos os 35 delegados que vão representar a Bahia no Conselho Geral Nacional, que vai acontecer em São Paulo, entre os dias 28 e 30 de Julho.
Participaram também da abertura do evento, Lucia Maia, da Secretaria da Mulher do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia) e o deputado federal Daniel Almeida.
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Fonte: Daniela Sansão- CTB Bahia

A quem interessa a privatização da EMASA ?

"Sou um intransigente defensor de que os serviços essenciais, a exemplo da água, sejam geridos por empresa pública, tanto faz estadual ou municipal."

Nos últimos dias, por meio da imprensa e também da preocupação de parte dos funcionários da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), reacendeu a divulgação sobre mais uma tentativa de privatização da empresa. Com a mudança do presidente, a coisa ficou mais ainda acentuada. “Onde há fumaça, há fogo!”


Sou um intransigente defensor de que os serviços essenciais, a exemplo da água, sejam geridos por empresa pública, tanto faz estadual ou municipal. Por vários motivos e razões, a mais importante é que o serviço de água e saneamento é estratégico numa cidade do porte de Itabuna.

Sendo o serviço de saneamento público, o norteamento das ações de metas de crescimento/expansão com qualidade e visão social devem ficar sob o controle e autonomia da administração pública. Na iniciativa privada, é diferente. Tudo fica subordinado aos resultados da lucratividade.

Nós precisamos aplicar na Emasa uma gestão comprometida com a coisa pública, capaz de implantar uma cultura de servir bem, sem desperdício, tarifa razoável e com qualidade, através de um processo de eficientização constante.

Os lacaios de sempre ficam na espreita da oportunidade, principalmente no momento em que a Câmara de Vereadores muda a sua composição política, para tentar passar qualquer projeto contra o povo, principalmente este que se caracteriza como “entreguista” e de encontro às necessidades da população e também fere a autonomia do município.

Com a palavra, os dirigentes da estadual Embasa, que segundo informações é detentora de parte do patrimônio, hoje utilizado pela Emasa.

Tudo que estiver ao meu alcance colocarei à disposição para evitar este ato irresponsável. Inclusive, já estamos acionando a rearticulação do “Comitê em defesa da água, contra a privatização da Emasa”, com a participação dos movimentos sociais, políticos, clubes de serviços, religiosos etc, numa grande mobilização como já aconteceu no passado e abortamos as duas outras tentativas.

Luis Sena

Fonte: Pimenta na Muqueca

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Agenda dos Trabalhadores: todos em Brasília no dia 06 de Julho

As centrais sindicais CTB, CGTB, Força, NCST e UGT convocam toda a sua militância (estaduais, sindicatos e federações filiadas) para o grande ato que acontece em Brasília, no dia 06 de julho - Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Agenda dos Trabalhadores.
Além da redução da jornada de 44 para 40h sem redução de salários, a agenda inclui ainda a regulamentação da terceirização, o fim do fator previdenciário, a atualização dos índices de produtividade do campo, a reforma agrária, ratificação de convenções da OIT, entre outros.

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, é prioritário que as seções estaduais se organizem para participar dessa grande mobilização a favor das reivindicações da classe trabalhadora, que exige também a garantia de reajustes reais para os salários e eleva a crítica contra essa políticia equivocada de juros altos. "Não vamos aceitar esse argumento de que salário gera inflação", afirmou o presidente da CTB.

Os sindicalistas afirmam que as mobilizações serão uma resposta ao discurso da área econômica do governo. "A campanha salarial do segundo semestre será muito importante para mobilizar as categorias e acabar com essa equação retrógrada de que o ganho real vai prejudicar a sociedade. Isso é coisa de quem não tem percepção política e social".

A maior parte dos acordos fechados no segundo semestre de 2010  foram feitos com uma taxa de inflação acumulada entre 4,5% e 5%. Assim, um reajuste de 7% nos salários cobria a elevação nos preços e ainda embutia um ganho real de 2% nos salários. Este ano, a coisa mudou: os acordos terão de ser próximos a 9% para repetir os ganhos de 2010.
Bandeira prioritária das centrais, a luta pela redução da jornada sem redução de salários, vai mobilizar os sindicalistas que pretendem passar o restante do mês de junho e o início de julho em conversas com deputados e senadores para tentar incluir o projeto que reduz a jornada na pauta de votações do Congresso no segundo semestre.

No último dia 13/06, em uma coletiva de imprensa os presidentes das centrais lançaram um calendário de mobilizações que inclui o ato do dia 06 de julho, em Brasília e região centro-oeste. No dia 03 de agosto, fechando o caléndário, está prevista uma grande passeata na avenida Paulista, com cerca de 100 mil pessoas.
Acesse o calendário e participe!

A primeira mobilização acontece no Congresso Nacional, no dia 6 de julho, quando se espera a presença de representantes das cinco centrais, além de mil dirigentes sindicais de todo o país.
As demais estão programadas para acontecer em todas as regiões do país: Norte, Nordeste e Sul. A atividade da região sudeste, se dará com uma grande uma passeata na Avenida Paulista, em São Paulo, quando espera-se a presença de mais de 100 mil trabalhadores.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vulcabras/Azaleia demite na Bahia e abre fábrica na capital indiana

A empresa ameaça deixar a Bahia e migrar para Nova Délhi, capital da Índia, deixando quase 18 mil pessoas sem emprego

A indústria de calçados na Bahia está prestes a perder boa parte do que conseguiu nos últimos dez anos. O símbolo da crise do setor é a fábrica da Vulcabras/Azaleia, localizada em Itapetinga, a 580 quilômetros de Salvador. Só nos últimos sete meses, a unidade demitiu  3 mil funcionários da região Centro-Sul do estado, segundo cálculos da prefeitura de Itapetinga. 

Agora, a empresa ameaça deixar a Bahia e migrar para Nova Délhi, capital da Índia, deixando quase 18 mil pessoas sem emprego. Além da matriz, em Itapetinga, a fábrica tem filiais em outros 13 municípios baianos.



Se as autoridades brasileiras não mudarem a política econômica, toda a indústria de calçados vai acabar migrando para outros países e não seremos exceção”, admitiu ao CORREIO o presidente da Vulcabras/Azaleia, Milton Cardoso, lembrando que várias empresas brasileiras já atuam em países da Ásia e da América Central.


A fábrica na Bahia trilha o mesmo caminho da de Parobé, no Rio Grande do Sul, onde a Vulcabras fechou uma unidade, em maio passado, anunciando que a produção passaria para a Índia. A mão de obra bem mais barata do país é o principal atrativo: o salário de um operário é cerca de US$ 85, dez vezes menos que aqui. 


Cardoso e outros representantes do setor têm pressionado o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pedindo prioridade à indústria na desoneração da folha de pagamento e rigor na fiscalização de calçados vindos da China.


Mudanças 
Em novembro de 2010, o então gerente-geral da fábrica de Itapetinga, Lauro Saldanha, deixou o posto e mudou-se para a Índia, onde trabalha na implantação da nova planta da Vulcabras. Em seu lugar, assumiu Adair Francisco Souza, que se recusou a falar com a reportagem. O prefeito da cidade, José Carlos Moura (PT), porém, afirmou que o primeiro semestre de 2011 tem sido ruim para a empresa. “Um técnico me disse que este estava sendo o pior ano da fábrica”, relatou Moura.


Enquanto fontes de Itapetinga indicam que equipamentos da fábrica serão levados para a Índia em pouco tempo, Cardoso ressalta os problemas na unidade. “Já ultrapassamos o nosso limite de estoque e temos concedido férias coletivas frequentemente”, lamentou. Segundo ele, a unidade de Nova Délhi deve começar a funcionar nos próximos meses.


Motivos 
A competição dos produtos locais com os importados de países asiáticos, especialmente da China, é apontada como o principal motivo para a crise que afeta o setor calçadista. “As medidas antidumping contra produtos chineses têm perdido efeito por conta da enorme valorização do real, e também porque há suspeita de que os produtos chineses driblem as medidas antidumping fazendo triangulação em outros países”, explicou o consultor Erno Froeder, da Plano Planejamento e Assessoria.


Froeder falou com a reportagem depois de participar da Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal 2011), realizada em São Paulo até ontem. Na ocasião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, prometeu mais rigor na fiscalização da entrada de produtos chineses no país.


O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Calçados e Componentes do Estado da Bahia (Sindicalçados-BA), Haroldo Ferreira, não quis falar sobre as demissões na Vulcabras, mas reconheceu que a Bahia e o Brasil têm deixado de ser atraentes para o setor. “Por ser muito manufatureira, a indústria calçadista costuma migrar para onde há mão de obra mais barata”, considerou. 


Incentivos
Na Bahia, a indústria calçadista teve seu boom nos anos 90. Várias fábricas vieram para cá atraídas por incentivos fiscais e pelos salários mais baixos que os do Sul do país, mas hoje se encontram ameaçadas pela possível perda desses incentivos, com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerá-los inconstitucionais. 


Se o STF proibir os subsídios, a industrialização baiana poderá ser prejudicada. A possível perda tem inquietado a indústria. “Essa questão nos preocupa, porque o setor calçadista não se consolidou no estado e pode haver migração de empresas”, diz Ferreira. 


Ao CORREIO, o superintendente de Desenvolvimento Econômico da Secretaria Estadual de Indústria Comércio e Mineração, Paulo Guimarães, minimizou a crise, considerando-a “localizada”. “A crise afeta mais especificamente as empresas que produzem tênis”.