terça-feira, 31 de maio de 2011

Caos continua para pacientes e trabalhadores do Hospital de Base


A onda de insegurança e incertezas continua para os servidores e pacientes do Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães (HBLEM).
Para os servidores, continua o mesmo sofrimento de não saber se o salário vai ser depositado na conta no dia certo. No mês passado foram 13 dias de atraso, o que mexe com a organização financeira e estrutura familiar dos servidores, já que as contas e as despesas chegam e o salário não.
A nova administração do HBLEM, que bradou para aos quatro cantos que iria de uma vez por todas resolver esta desumana situação, não resolveu. A autoridade do Ministério Público do Trabalho (MPT) que acordou o quinto dia útil de cada mês para a realização dos pagamentos é ignorada constantemente pelo poder público sem que nenhuma punição seja tomada pelo Judiciário. E o descaso e o desrespeito continuam sendo a ordem do dia contra os servidores e funcionários do Hospital de Base.
Não bastasse esse mar de incertezas, que deixa a todos revoltados, as condições de trabalho continuam as piores possíveis. Os trabalhadores se quiserem beber água têm que comprar com dinheiro do próprio bolso.
Para os pacientes a situação é desastrosa. Medicamentos básicos como Dipirona, gases, entre outros continuam faltando. Denúncias dão conta de que somente existem 400 lençóis para os pacientes do HBLEM, um número insignificante, pois para o porte da instituição, o número de lençóis seria de quatro mil. O descaso e a falta de compromisso com a população de Itabuna e dos municípios pactuados não param por aqui. As cirurgias seletivas têm se tornado um drama para quem necessita. Pacientes da ortopedia, que depende da retiradas de pinos e fixadores metálicos, acabam passando da data prevista de retirá-los, o que torna a situação temerária.
É bom lembrar que o repasse mensal realizado pelo governo do Estado, via Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) chega rigorosamente entre o dia 10 e o dia 15 de cada mês. E no mês passado, o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, esteve em Itabuna e garantiu um aumento de 33% no repasse para o Hospital de Base, que saltou de R$ 1,5 milhão para quase dois milhões. Um aumento substancial, já que o secretário afirmou que o HBLEM é a instituição de saúde que mais recebe dinheiro do governo estadual, porém o montante foi considerado pelo prefeito Azevedo (DEM) como “tímido”, mas que garantiria o pagamento em dias dos salários dos servidores e funcionários.
Na ocasião, o secretário estadual de saúde ratificou a disposição do governo do Estado em administrar o Hospital de Base assim como a Emasa, duas instituições que tratam de serviços essenciais para a população de Itabuna, mas com sérias deficiências na prestação desses serviços. Segundo Jorge Solla, para que o HBLEM seja estadualizado só depende do prefeito José Nilton Azevedo (DEM).
As reclamações são muitas, a situação é caótica e nenhuma solução por parte da administração municipal é vislumbrada para o futuro. Enquanto persistir esta realidade, os problemas só tendem a aumentar e a população continuará sem a prestação de saúde de qualidade, o servidor viverá nessa arena conflituosa de incerteza, trabalhando com um bem universal que é a saúde das pessoas, num meio ambiente de trabalho hostil, precário, sem valorização e o pior de tudo, sem uma data certa para o recebimento de seus salários, que na verdade significa alimentação, saúde, habitação, educação, vestuário, lazer e tudo que um cidadão precisa para viver com dignidade como estabelece a nossa Constituição Federal.

SINDSERV – SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE ITABUNA
CTB – CENTRAL DOS TRABALHADORESE TRABALHADORAS DO BRASIL

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