segunda-feira, 25 de abril de 2011

Juros afetam a renda do trabalhador


Como diz o velho ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. De tanto pressionar, o mercado financeiro conseguiu a elevação da taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25%.

Os juros chegam agora a 12% ao ano, o mais alto do mundo e três vezes superior à do segundo colocado, o da Turquia. O Brasil deve gastar R$ 230 bilhões com juros da dívida pública neste ano, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), quase seis vezes os R$ 40,1 bilhões destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e 15 vezes os R$ 15,5 bilhões orçados para o Bolsa Família.

Segundo dados do Tesouro Nacional, do total da dívida pública brasileira, 30,2% estão nas mãos dos bancos e 37,7% em posse dos fundos de investimento, geralmente controlados pelas instituições financeiras. O Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e HSBC, tiveram lucro superior a R$ 43 bilhões em 2010. Dinheiro proveniente também do abuso dos juros.

O movimento sindical quer, urgentemente, que a sociedade passe a participar do Conselho Monetário Nacional. Só assim o Banco Central poderá fixar metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores, interrompendo o fluxo de transferência de renda para os mais ricos. (O Bancário)

Nenhum comentário:

Postar um comentário