quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deputado cobra da Câmara votação da redução da jornada


O deputado Vicentinho (PT-SP) cobrou da Câmara dos Deputados a votação da matéria que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Em Discurso no Plenário da Casa, nesta terça-feira (7), o parlamentar disse que os trabalhadores e trabalhadoras das empresas reclamam da jornada de trabalho a que são submetidos diariamente. “É muito importante que esta Casa dê uma resposta aos trabalhadores deste País”, afirmou.

Material da campanha feita pelo senador Inácio Arruda em favor dos trabalhadores

“Trata-se de assunto de extrema importância para esta Casa decidir”, disse, lembrando que “a Comissão Especial desta Casa já aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) referente a esta matéria, mas, como requer o Regimento Interno, falta o Plenário votá-la duas vezes e encaminhá-la ao Senado Federal.”

O parlamentar, que foi realtor da matéria na Comissão Especial, reforçou os argumentos usados pelo movimento sindical e especialistas de que trabalhar mais de 40 horas semanais gera doenças, estresse e até queda na produtividade e na qualidade do trabalho. E faz alerta aos empresários, que são contrários à medida, de que a redução da jornada de trabalho é benéfica para as empresas, pois estimula a qualidade e a produtividade.

“Reduzir a jornada de trabalho significa um pouco mais de tempo para desfrutar com a família, para se dedicar aos estudos, às atividades culturais e ao lazer”, reafirma o deputado, acrescentando que a maioria dos países adotam as 40 horas semanais e existem aqueles que já implantaram as 36 horas semanais.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor da PEC que reduz a jornada de trabalho, apresentada quando ainda era deputado federal, diz sempre que a aprovação da PEC é uma batalha de classe, “um confronto entre o capital e o trabalho”, por isso a dificuldade na votação da matéria. Ele destaca como a principal vantagem na adoção da medida a abertura de cerca de 2,5 milhões de novos empregos no Brasil.

Outro argumento usado pelos defensores da redução da jornada de trabalho é de que, nos últimos 20 anos, depois da última redução em 1988, os empresários foram beneficiados com um crescimento de 113% na produtividade e o custo decorrente da redução foi de apenas 1,99%.

“Muitas empresas já trabalham 40 horas por semana, mas nenhuma delas faliu por reduzir a jornada de trabalho. Ao contrário, várias geraram emprego e ganharam o respeito e a satisfação dos trabalhadores”, diz Vicentinho.

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